quarta-feira, 29 de abril de 2015

E todo o resto?



Não que você tenha desistido. Você não é disso. Existe uma pequena diferença entre desistir e dar murros em ponta de faca. Chega um momento em que percebemos que não adianta insistir. Que por mais que queiramos, lá no íntimo que dê certo... certas coisas, por algum motivo que foge à nossa compreensão não são para acontecer. 

Mesmo com aquela sensação de cinza por dentro, engolindo a seco, oras, devemos seguir em frente. Independentemente do que esteja acontecendo aí no seu coração, o mundo não vai parar pra te ver chorar. Mesmo que você tenha perdido uma, duas noites de sono, tenha se derramado em lágrimas e queira ficar da porta pra dentro. No dia seguinte as responsabilidades continuam, e o Sol volta a brilhar, irritando seus olhos marejados. 

Seguir em frente, erguendo a cabeça, deixando o coração  (aquele carinha lá, que já anda meio cansado de andar em círculos)  procurar por outras batidas. Oras, vá dormir e tenha a certeza que fez tudo o que podia ter feito. Não insista, não tente de novo. Pare de se questionar... tantos "e se", não é? Pois é, o que você queria talvez não combine com o que o outro queria. E o que fazer com o que sobra? Com toda a sua expectativa, com todos os planos. O que fazer com aquele pôr do sol que vocês não vão mais? Aonde colocar essa ansiedade, o espaço vazio, a expectativa... 

Paciência é uma virtude, e quem sabe esperar e acalmar o espírito são os que se saem bem diante de impasses como esses. Que tenhamos calma na alma, no coração, na mente e muita fé. Pois um dia a tempestade passa, a onda vai embora e a calmaria retorna. Sempre. 

(Tati Pereira/ Samantha Fonseca)

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